quarta-feira, 28 de maio de 2014

Para refletir!

Bom Dia!
“Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade, Israel que o diga; desde a minha mocidade, me angustiaram, todavia, não prevaleceram contra mim. Sobre o meu dorso lavraram os aradores; nele abriram longos sulcos. Mas o SENHOR é justo; cortou as cordas dos ímpios. Sejam envergonhados e repelidos todos os que aborrecem a Sião! Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer, com a qual não enche a mão o ceifeiro, nem os braços, o que ata os feixes! E também os que passam não dizem: A bênção do SENHOR seja convosco! Nós vos abençoamos em nome do SENHOR”! (Salmos 129).
Este salmo é mais um dos chamados “Cânticos de Romagem”. Eram salmos entoados pelos peregrinos ao caminharem para o Templo de Jerusalém, durante as festas religiosas. Os viajantes saudosos dos pátios do Templo, cantavam estes hinos ao longo de suas longas caminhadas.
O salmista nos fala de suas memórias, de seu passado e aparenta carregar muitas cicatrizes de um passado triste. Ele parece até invocar testemunhas – “Israel que o diga...” O passado doloroso é algo bem presente em sua vida; quase visível no seu corpo físico, na sua alma – “Sobre o meu dorso lavraram os aradores; nele abriram longos sulcos”. Porém, ele também exalta a ação salvadora do Senhor – “Mas o Senhor é justo; cortou as cordas dos ímpios”. Ele ressalta a importância do perdão, em não se deixar vencer pelo ódio ao opressor. É preciso saber qual a visão de futuro daqueles que praticam o mal; até para nossa própria exortação – Não são abençoados! Que adianta ser uma “erva dos telhados, que seca antes de florescer”? O salmista avalia aqui a sua (in)utilidade , pois “não enche a mão o ceifeiro, nem os braços, o que ata os feixes”!
O Senhor chama Seu povo a viver as experiências diárias, sejam elas boas ou ruins, transformando todo ressentimento em bondade. Assim nos esclarece o apóstolo Paulo em sua 2ª Carta aos Coríntios 4.7-12: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida”.
É por causa desse tesouro da Graça que o salmista, que tinha tudo para ser uma pessoa cheia de amargura, rejeição e ódio, consegue olhar à sua volta, contemplar o povo e declarar até para os inimigos: “Nós vos abençoamos em nome do SENHOR”!
Que você e sua família sejam agentes da Graça e, abençoadores dos que os cercam!


Francinaldo Freire da Silva

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